Elite mineral foi desenvolvido no contexto de um esforço coletivo por uma exposição organizada pela curadora Ana Pato sobre os arquivos do período da ditadura militar brasileira dos anos 1960 a 1980. Mabe Bethônico, em colaboração com Victor Galvão e Ana Carolina Reginatto, questiona o papel das empresas mineradoras durante o período da ditadura civil-militar — Que interesses políticos levaram a apoiar o golpe?
Por meio de impressos e vídeos, a obra levanta um estudo da atuação de empresas mineradoras no período e a memória do evento Semana Popular em Defesa ao Minério, realizada na década de 1960, em Minas Gerais. A tese de doutorado de Ana Carolina Reginatto pela UFRJ A ditadura empresarial-militar e as mineradoras (1964-1988) é mediada em dois vídeos curtos, realizados como aulas expositivas.
O trabalho toma a forma de um “gabinete de aprendizado” para transmissão de conteúdos, buscando resgatar meios pedagógicos dos anos 1960, como cartilhas e cartazes, tomando como referência materiais do programa de alfabetização de adultos do Movimento de Educação de Base, elaboradas em convênio com o Ministério da Educação (MEC), que visava educar o adulto para exercer seus direitos, além de ensinar a escrever. Após a implementação do governo militar, esse material foi considerado subversivo e retirado de circulação, gerando perseguição e amplo debate midiático. A partir dessa referência, é proposta uma nova publicação, com o propósito de transmitir a história das companhias mineradoras e indivíduos beneficiados pelo regime ditatorial
ELITE MINERAL
projeto de Mabe Bethônico, em colaboração com Victor Galvão e Ana Carolina Reginatto
exposição META-ARQUIVO: 1964-1985 — espaço de escuta e leitura de histórias da ditadura
Sesc Belenzinho, São Paulo, 2019
Aula 1 & Aula 2
17” cada
voz: Ana Carolina Reginatto
edição: Victor Galvão
edição de som: Jalver Bethônico
Viver é Lutar, facsimiles de cartilhas de estudo
Perguntar é Saber, publicação
Fotografias por Julio Kohl